Minha análise do Caso dos exploradores de caverna
R.A.: 07589
O Caso dos Exploradores de Caverna
Particularmente, vejo que a melhor interpretação da lei é que se preocupa com a solução justa, não podendo nos esquecer que a rigorosa interpretação dos textos legais pode levar a injustiças, e sobre o caso dos exploradores de caverna, ao ser proposto que eles se alimentassem da carne de algum entre eles, solicitaram a opinião de médicos, juristas e sacerdotes e não obtém resposta só nos dá mais clareza sobre o quão é difícil é ter certeza sobre a aplicação das normas neste caso. Outra coisa a ser analisada é que se esses profissionais tivessem se manifestado, a decisão tomada pelos exploradores seria diferente daquela? Com uma visão antropológica, não. Desde sempre, a busca por alimentos favorece a continuidade das espécies. Se alimentar é um ato que é inerente da espécie humana, que mantém a nossa perpetuação durante os tempos. Ou seja, aqueles homens, presos em uma caverna, guiados por instinto natural, independentemente de seu nível de consciência das normas e leis, teriam tomado a decisão de se alimentar de um dos presentes. Quanto ao contrato proposto por Whetmore, não pode ser levado em consideração neste caso, e mesmo que pudesse, aos olhos do direito civil, não tira validade, pois as partes guiadas por seus instintos naturais estavam numa situação onde não gozavam de seu total discernimento, sendo tidos pela lei como incapazes.
Por fim, concluo que os exploradores devem ser caracterizados como culpados, mas devem obter o perdão judicial pois não haveria nenhum benefício em aplicar uma sentença de forma corretiva e não haveria punição maior do que o trauma de passar por uma situação tão obscura e trágica como a que eles viveram.