Minha alfabetização
1978 iniciei minha alfabetização na escola Cônego João Severo, com oito anos, em uma pequena cidade do sul de Minas Gerais, chamada Bocaina de Minas. Ainda me lembro do meu primeiro professor que se chamava Lúcio, ele era um ótimo professor atencioso e carinhoso, ele me ensinou a pegar no lápis, pois nem eu sabia fazer, na época não existia pré-escola na cidade, fui alfabetizada logo no primeiro ano, aprendi minhas primeiras palavras através da cartilha Caminho Suave que é tão contestada pelos educadores da atualidade. Cartilha Caminho Suave. 1979 Na segunda série me recordo com carinho de toda terça quando no hasteamento da bandeira cantávamos o hino nacional brasileiro eu com minha sainha azul desbotada e camisa branca de chinelos ou conguinho azul quase branco de tão sem cor este era um dos momentos mais especiais de quais me lembro.
Hasteamento da Bandeira (Hino Nacional) Já da professora que se chamava Dulcinéia, trago péssimas recordações ela era autoritária e fazia diferença entre as crianças pobres e ricas, os ricos sentavam na frente e tinham toda a sua atenção, já os pobres sentavam-se atrás e aprendiam se quisessem, pois na cidade não existia escolas particulares, ricos e pobres estudavam na mesma escola. Lembro-me que um dia um garoto chamado Luciano filho de uma professora estava me importunando e comecei a chorar ela chegou me deu um tapa no rosto e disse para eu calar a boca, pois estava atrapalhando o garoto a estudar, eu tinha medo até de abrir a boca para contestar tal atitude. 1980 Na terceira série também não tenho boas lembranças da professora chamada Rosalina a qual chamávamos de Dona Rosinha, ela muito exigente mais sem muita paciência para ensinar, este ano foi terrível para mim como se não bastasse a professora insuportável tinha uma garota chamada Rosangela a qual eu chamava de Rosanjuda que me odiava, me beliscava, batia, na hora da merenda jogava meu prato no chão