Minerio de Carajas
Ministério da Ciência e Tecnologia
Coordenação de Inovação Tecnológica - CTEC
FERRO – MINA N5 – CARAJÁS / CVRD
João Alves Sampaio
Engº. de Minas, D.Sc.
Kesley Medeiros Julianelli
Márcio Torres Moreira Penna
Rio de Janeiro
Dezembro / 2002
CT2002-159-00 Comunicação Técnica elaborada para o Livro Usina de Beneficiamento de Minérios do Brasil.
FERRO – Mina N5 - CARAJÁS / CVRD
João Alves Sampaio1
Kesley Medeiros Julianelli2
Márcio Tôrres Moreira Penna2
INTRODUÇÃO
Até o início da década de 60, Carajás era apenas o nome de uma distante serra da floresta amazônica no Pará.
Em 31 de julho de 1967, uma equipe brasileira de geólogos da Companhia Meridional de
Minerações – subsidiária da U.S. Steel – realizava sobrevôos na região Sul do estado, quando percebeu clareiras de vegetação rasteira que interrompiam a mata, deixando a mostra uma cobertura de minério de ferro.
As pesquisas geológicas estimaram as reservas em 18 bilhões de toneladas de minério de ferro de alto teor (66% de ferro) das quais 13 bilhões de toneladas eram reservas lavráveis.
Tratava-se da maior jazida de minério de ferro no planeta, suficiente para garantir a produção atual por 250 anos. Também foram encontradas extensas reservas de manganês, ouro, cobre, níquel e outros minerais.
Em abril de 1970, foi constituída a Amazônia Mineração S.A. – AMSA, formada pela
Companhia Vale do Rio Doce - CVRD (51% do capital) e pela U.S. Steel (49%).
As pesquisas continuaram até 1977, quando a CVRD comprou a parte da empresa norte americana por US$ 55 milhões e tornou-se a única condutora do maior empreendimento econômico de seu tempo no Brasil: o Projeto Ferro Carajás.
Em julho de 1978, a CVRD iniciou a construção da Estrada de Ferro Carajás – EFC, ligando a província mineral ao Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís - MA. Ao todo, a
CVRD investiu US$ 2,9 bilhões no Projeto Ferro Carajás.
A mina de ferro N4E, em operação pela CVRD,