Mineração
A expectativa de encontrar minas de ouro levou Portugal a preocupar-se com a ocupação efetiva do Brasil no início do século 18. Numa época em que o mercado europeu dependia dos minerais das colônias, a Coroa portuguesa mostrava-se preocupada, pois além do Brasil, possuía apenas territórios africanos que serviam como celeiro de escravos. No período dos bandeirantes a administração portuguesa chegou a contratar especialistas na descoberta de ouro. A princípio, a exploração foi pouco rendosa, mas, de qualquer forma, registraram-se alguns resultados encorajadores.
Nos primeiros anos de século 18 o movimento de mineração intensificou-se a tal ponto que o governo português centralizou o poder político-administrativo para tornar mais eficiente o sistema fiscal, uma vez que o ouro brasileiro era extremamente importante para a Metrópole. Entre 1705 e 1730, período em que a mineração atingiu os mais altos níveis de produtividade, chegaram ao Brasil cerca de vinte mil portugueses. Essa fase iniciou-se quase simultaneamente à descoberta de ricas jazidas nas imediações do rio das Mortes, perto de São João Del Rei. Desde 1702 órgãos como a Intendência de Minas dirigiam a mineração, cobravam tributos e tinham também atribuições judiciárias e de policiamento. A descoberta de uma jazida devia ser obrigatoriamente comunicada, quando então duas áreas eram reservadas para o descobridor e uma para a Fazenda Real, sendo o restante do terreno sorteado entre os vários pretendentes, dando-se preferência ao que tivesse o maior número de escravos.
Enquanto Portugal instituía uma administração fiscal rígida, os mineradores de ouro começaram a estabelecer-se em núcleos de povoamento em Minas Gerais, Goiás, parte de Mato Grosso e da Bahia. O núcleo central de Minas Gerais compreendia Vila Rica (Ouro Preto), São João-Del-Rei, São José-del-Rei (Tiradentes), Mariana, Caeté, Sabará, Vila do Príncipe (Serro) e Arraial do Tejuco (Diamantina). Em torno deles apareceram núcleos