mimese na filosofia
A mimese na filosofia grega
Para os filósofos gregos, a Poesia a Pintura, a Escultura e até mesmo a Música, são artes miméticas, que têm por essência comum a imitação. Que significa imitar?
A interpretação socrática
Os artistas, quando imitam, reproduzem a aparência exterior dos corpos e das coisas em geral que tomam como modelo. Fica faltando a beleza que os objetos têm.
Não há modelo totalmente belo e a tarefa do artista será reunir as partes belas de vários objetos da mesma espécie para formar o objeto perfeito (essência)
O artista tem a capacidade de reconhecer as coisas belas associando-as num modelo ideal. Isto porque já tem na mente a idéia de beleza como perfeição.
O artista não imita, idealiza o modelo. Alcançando a beleza, consegue também reproduzir o estado interior, os movimentos da alma do seu modelo. A obra deve ser capaz de produzir a impressão da vida.
A pintura, por ser bidimensional, não produz com a mesma intensidade que a escultura a ilusão da vida e de movimento. As duas tocam o real pela semelhança do objeto e sua alma. Serão mais perfeitas quanto mais se aproximarem da essência, da beleza dos objetos.
Para Aristóteles, imitar e representar, por certos meios, linhas, cores, volumes, movimentos e palavras, coisas e ações com o máximo de semelhança ou fidelidade.
Imita-se por imagens diretas, como a pintura e escultura, na poesia através dos significados das palavras. A música, a mimeses tem certas sutilezas. Platão relaciona determinados modos harmônicos com determinados sentimentos. Há ritmos que podem imitar baixeza e desregramento. Existem harmonias patéticas, melancólicas e lânguidas, como também entusiásticas, energéticas e marciais. A música imita o conteúdo psíquico e moral.
Aparência e essência
Para Platão, existem dois atos miméticos fundamentais. Imitação realizada pelo demiurgo (possui poderes divinos) que criou as coisas sensíveis, e a imitação moral, da alma, que busca