Milionários antes dos 30 anos
uando o assunto é dinheiro, o primeiro US$ 1 milhão (R$ 1,59 milhão) é das marcas mais almejadas. Com o forte crescimento da economia nos últimos anos, tem aumentado em ritmo acelerado o número de felizardos que conseguem atingi-la no Brasil. No ano passado, 8,4 mil brasileiros entraram para esse seleto grupo, que hoje soma 155,4 mil pessoas – são 23 novos milionários por dia, segundo dados das consultorias Capgemini e Merril Lynch divulgados na semana passada. Pode parecer pouco, principalmente se comparado a países desenvolvidos como os Estados Unidos e a Alemanha ou ao total da população nacional. Porém, ao examinar a série histórica, iniciada em 2002, pode-se constatar a crescente importância dos países emergentes. Há oito anos, havia 75 mil milionários no Brasil. Em menos de uma década, o número mais do que dobrou. “A participação dos países desenvolvidos no bolo mundial continuará diminuindo diante do crescimento veloz dos novos mercados”, confirma Jean Lassingnardie, chefe de vendas e marketing global da Capgemini Global Financial Services.
A pesquisa não apresenta um perfil dos que atingiram o primeiro US$ 1 milhão. Mas especialistas em gestão de empresas ouvidos por ISTOÉ dizem que a tendência é a diminuição da idade desses milionários. “Os jovens têm crédito para abrir empresas e as perspectivas no Brasil são melhores do que em muitos lugares no mundo”, diz Antônio André Neto, coordenador do MBA de gestão estratégica e econômica de negócios da FGV Management em São Paulo. “Vivemos um momento excelente e único para empreender.”
O surgimento de novas áreas de negócios, como a internet, na qual o investimento é baixo e o retorno pode ser rápido, também propicia a proliferação de jovens milionários. O carioca Edgard Nogueira, 28 anos, criou o site de buscas Aonde.com com apenas 14 anos e custo inicial mensal de R$ 50 para