milhoes no futebol
O futebol é, claramente, um desporto de massas e com uma importância incontornável desde sempre. Muitos são os exemplos que justificam o facto desta indústria ter ganho uma dimensão considerável, "ser o desporto preferido de milhões de pessoas independentemente do género, classe social, religião ou nível de rendimentos". Nomes portugueses como Eusébio, Figo, Cristiano Ronaldo ou José Mourinho colocam Portugal num lugar de destaque na história do futebol.
Certas pessoas calmas no dia-a-dia tornam-se explosivas num estádio de futebol e intratáveis a discutir as peripécias do jogo. Às vezes, nos debates na TV e na rádio, os intervenientes insultam-se e quase passam a vias de facto. Neste sentido, o futebol para muita gente é uma terapia, pois permite libertar ruidosamente, tempestuosamente, sem freios, emoções reprimidas.
Este carácter altamente emotivo do futebol confere aos “doentes da bola” um elevado grau de irracionalidade. Da mesma forma que amam os seus ídolos, os adoram, os endeusam, num ápice passam a odiá-los. É uma montanha russa. Com grande facilidade, um jogador ou um treinador passa de deus a diabo, de bestial a besta. Homens que num dia eram idolatrados, meia dúzia de dias depois são assobiados e insultados. Para eles, não há memória, o que conta é o resultado do último jogo. Quando um avançado falha um golo, ninguém se lembra dos golos decisivos que marcou, apenas se lembram daquele falhanço e quando um treinador perde um jogo, ninguém se lembra das noites gloriosas que proporcionou aos sócios e adeptos. Mas, nos dias de hoje, o futebol tem outra face. As estações de TV, que transmitem os jogos para todo o mundo, querem espetáculos bonitos, jogos abertos, com golos, e não jogos fechados e monótonos. E cada vez mais as televisões serão as maiores clientes do futebol, e o futebol viverá dos milhões pagos pelas televisões.
No tempo em que as equipas jogavam apenas para os adeptos e sócios dos clubes, a qualidade do espetáculo