Mile Durkheim
25/03/2014
Solidariedade Coletiva
No texto Émile Durkheim desenvolve uma extensa análise sociológica que fundamenta sua tese de que a sociedade se une através do conceito de “solidariedade coletiva”
Pra explicar sua tese, Durkheim inicia seu texto analisando de que forma uma sociedade se constrói através de seus valores e de que maneira isso se torna importante para entender sua organização e seu funcionamento.
Sabe-se que para uma nação crescer saudável e em ordem é necessário que um conjunto de crenças e sentimentos comum concorde entre uma maioria de indivíduos, isso é o que o autor denomina como consciência coletiva ou comum. Contudo esse sistema não tem por representação um único órgão, encontrando-se difusa pela sociedade. Sendo assim a consciência coletiva e algo inteiramente diferente das particulares, ainda que se realize senão nos indivíduos. Durkheim a descreve como “o tipo psíquico da sociedade, tipo que tem suas propriedades, suas condições de existência, seu modo de desenvolvimento”.
Para explicar de maneira que torne clara a consciência coletiva a nossa percepção, o autor pega como exemplo a prática do crime. Um ato é considerado criminoso, quando ofende as condições consolidadas da consciência coletiva. Tais condições podem não ser compartilhadas por toda sociedade, mas elas se impõem através de um grupo majoritário que se reconhecem através das similitudes sociais.
Tendo em vista que através de todo esse processo a sociedade cria uma consciência coletiva, é preciso entender que ele só se mantém devido “a uma certa conformidade que todas as consciências particulares tem a um tipo comum que não é outro se não o tipo psíquico da sociedade”. E desta forma que se cria um ambiente de coesão social.
Segundo Durkheim, o homem possui duas consciências: a dos estados pessoais, que nos caracterizam, e os estados comuns a toda sociedade.