Milagre Economico
No início da década de 70 a economia brasileira estava em um período muito bom, pois estava conseguindo conciliar um crescimento econômico com uma melhora na balança comercial e uma queda na taxa de inflação. Esse cenário só ocorreu graças à utilização da capacidade ociosa existente na indústria brasileira e situação externa equilibrada.
O investimento público e privado tiveram papel essencial nessa época, e também políticas fiscais, monetárias e de crédito expansionistas que foram capazes de atender a demanda, já que havia um controle da inflação. O PIB cresceu aproximadamente 11% no ano, sendo que o crescimento da indústria foi de 12,9%, setor de bens de consumo duráveis aumentou na ordem de 22,5% e setor de bens de capital 18,3%.
O “milagre econômico” só foi viável graças à captação de dinheiro no exterior (tanto investimentos diretos, como empréstimo) e atuação de grande número de empresas estatais (foi um período com uma intensidade muito grande na criação de estatais, que iriam atuar na indústria dando base ao crescimento do país, como em indústria de transformação, serviços).
Abaixo segue uma tabela da evolução do produto interno bruto e do investimento e sua respectiva evolução e composição.
Um fato merece atenção na década de 70, a crise do petróleo, que teve um aumento de mais de 300% no seu valor e como a importação supria uma alta porcentagem da demanda interna por esse bem, a balança de pagamentos começou a registrar déficits. Havia uma quantidade mínima de capital externo que era necessário para sustentar um nível esperado de déficit em conta corrente. De acordo com Bacha (1986, p. 135) o déficit de US$ 62 milhões em conta corrente no ano de 1974 exigiu um aumento de 170% da demanda de capital externo em relação a 1973.
O II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND) foi de extrema importância para mudança na composição do produto à medida que buscava diminuir a dependência externa que o Brasil possuía na