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A filosofia de Locke é, indiscutivelmente, ponto importante na sistematização do empirismo, bem como do nexo estabelecido com o liberalismo, do qual é a figura mais importante no pensamento inglês. John Locke nasceu em Wrington, em 162 e faleceu em 1704.
Recebeu formação eclética, em que se conjugaram importantes tradições filosóficas: na Westminster School e no Christ Church College, de Oxford, realizou os seus primeiros estudos, tendo-se ali familiarizado especialmente com a tradição medieval inglesa, terreno no qual teve grande influência no nosso autor a obra de Richard Hooker (1554-1600) intitulada The Laws of Ecclesiastical Polity. Cursou os estudos de Medicina na Universidade de Oxford, onde recebeu várias influências doutrinárias, sendo as mais importantes: 1 - a de John Owen (1616-1683) que defendia a idéia da tolerância religiosa; 2 - a de Descartes (1569-1650), que lhe abriu as portas da filosofia moderna; 3 - a de Robert Boyle (1627-1691), que propunha o moderno conceito de elementos químicos, criticando a tradicional teoria dos quatro elementos; e 4 - a de Thomas Sydenham (1624-1689), que revolucionou o método de estudo da medicina, alicerçando-o na observação empírica dos pacientes, abandonando os dogmas de Galeno (130-200).
Duas linhas de pensamento, estreitamente vinculadas, foram desenvolvidas por Locke ao longo da sua vida intelectual: a sistematização da filosofia empirista e a organização da proposta liberal, em matéria política, como um dos inspiradores (o mais importante, sem dúvida nenhuma), da Revolução Gloriosa de 1688, que derrubou definitivamente o absolutismo na Inglaterra, dando ensejo ao modelo da Monarquia Constitucional.
As principais obras de Locke são as seguintes: Constituições fundamentais da Carolina, Quatro cartas sobre a tolerância (1692), Ensaios sobre educação (1693), Dois tratados sobre o governo civil (1689-1690), e Ensaio sobre o entendimento