miguel rio branco
INSTITUTO DE ARTES / DEPARTAMENTO DE ARTES VISUAIS
BACHARELADO EM HISTÓRIA DA ARTE
DISCIPLINA DE CRÍTICA DE ARTE II
Professora: Mônica Zielinsky
Aluna: Thais Canfild da Silva
2012/2
Texto crítico sobre “Ponto cego” de Miguel Rio Branco
A exposição intitulada de “Ponto cego” que está abrigada na Instituição Santander Cultural definitivamente não faz uma retrospectiva da carreira de Miguel Rio Branco. Ela traz, no entanto, obras de diversas épocas da carreira do artista – desde pinturas feitas aos 19 anos até obras realizadas nesse ano. A curadoria de Paulo Herkenhoff – em parceria com o próprio Miguel Rio Branco – busca mostrar a essência da obra desse artista reconhecido por muitos como um dos maiores nomes na fotografia brasileira. A curadoria busca, assim, mostrar ao público as diversas facetas da arte de Rio Branco, agregando não apenas o seu trabalho de fotografia documental, mas também o seu trabalho como pintor e cineasta, através de filmes, instalações, pinturas e assemblages.
O trabalho do artista é a sua própria identidade, possui uma autoria que o torna de fácil reconhecimento. Além disso, existem algumas questões que são pertinentes em quase todo o trabalho do artista e que auxiliam no entendimento do mesmo; a cor, por exemplo, é um traço marcante na obra do artista. O vermelho é contrastante com a usual escuridão que envolve as salas que abrigam suas obras. Esses tons avermelhados quase sempre estão presentes nas diversas fotografias e instalações, destacando algum objeto que, a princípio, é apenas um detalhe no meio de tantos outros objetos capturados através da lente de Miguel Rio Branco, mas que de alguma forma chamam a nossa atenção. Às vezes é uma toalha pendurada em um varal numa rua, uma parede ou o calção de um boxeador – que curiosamente é um tema recorrente na arte do artista. Outras vezes, porém, é um vermelho tão intenso que se assemelha muito com o sangue humano e que, aliado às temáticas por