migrações para amazônia e a formação do povo acreano
EVELYN VERAS DA SILVA2
Maria de Jesus Morais3
1. INTRODUÇÃO
A história do povo brasileiro é uma história de migrações. Desde a colonização europeia o território foi marcado por deslocamentos populacionais determinados pela expansão territorial. Semelhante com a do Brasil, é a história da ocupação do território acreano no final do século XIX e início do século XX, feitos por levas de pessoas no sentido Norte do país, possibilitando novos arranjos ao território.
A preocupação de realizar esse trabalho surge a partir de reflexões sobre a mobilidade espacial da população (migração) como processo formador de povos, no caso, a população acreana formada a partir dos fluxos de migrações para Amazônia. Na tentativa, de modo geral bastante limitada, de situar historicamente a problemática da mobilidade e reprodução social de segmentos representativos da população amazônica.
Para entendermos a essência desse trabalho foi necessário um aporte, sobre o termo migração. Esses fluxos migratórios sendo justificados por razões pessoais e individuais, tendo um destaque maior os de informação apoiados em relações pessoais.
Através dos fluxos de informação e do avanço dos meios de comunicação, o migrante sendo um sujeito racional vai à busca de seus objetivos e migra em busca de melhores condições de vida.
Tendo a história das migrações para Amazônia como principal objeto de análise para entender a formação do povo acreano a partir desses fluxos migratórios, ligados às promessas da moradia, do trabalho e da tão sonhada riqueza principalmente no início da extração látex. Desta forma, essa pesquisa busca investigar a partir das migrações para a Amazônia, mas precisamente o atual Estado do Acre, que tipos de
“gentes” formam essa população, no sentido de constituição, quais os povos que migraram e que hoje constituem o povo acreano. Assim, tornou-se necessário trazer evidências sobre a formação do povo acreano