Migração sudeste
A migração de nordestinos para São Paulo manteve-se em níveis semelhantes nos períodos de 1986-1991 e 1995-2000, verificando-se, inclusive, um aumento da participação relativa dos nordestinos no total de migrantes do estado: de 51,7%, entre 1986-1991, para 57,7%, entre 1995-2000.
Diversificação
Apesar desses números, as correntes migratórias no Brasil estão se diversificando. Os movimentos populacionais estão mais intensos dentro do próprio estado ou da região de origem. Contribuem para isso: (a) a falta de oportunidades de emprego no Sudeste, o que causa o retorno de parte dos migrantes às regiões de onde vieram, e (b) o surgimento de novos pólos de desenvolvimento, o que atrai mão-de-obra de outras regiões.
A região Nordeste, de acordo com pesquisas realizadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), por meio do censo, ainda segue em primeiro lugar como área de repulsão dentro do Brasil. Geralmente, a região de atração para os nordestinos é o Sudeste. Na mesma pesquisa, descobriu-se também um fluxo no sentido contrário, fato atribuído àqueles que não obtiveram sucesso em sua tentativa e que foram obrigados a retornar à sua terra natal. Muitos nordestinos que obtiveram ascensão também voltaram para suas respectivas cidades natais.
Cerca de 66,8% do número de migrantes que chegaram à região Sudeste são oriundos do Nordeste, 14,5% do Sul, 13,5% do Centro-Oeste e 5,2% do Norte.
O deslocamento de parcelas da população de um para outro ponto do Brasil foi uma constante desde o período colonial. Habitantes das zonas rurais dirigindo-se para as cidades, trabalhadores transferindo-se provisoriamente de um local para outro local, em busca de trabalho temporário, e famílias inteiras retirando-se da Região Nordeste para fugir das secas são os aspectos mais