Migração no século xx
Existem 2 tipos de migrações:
- internas: que afectam a distribuição espacial da população
- externas: afectam a distribuição espacial da população + volume da população residente
Causas das quebras nas taxas de natalidade e mortalidade: melhoria das condições de vida, cuidados pré-natais, mudança dos comportamentos das pessoas (mulheres que agora também trabalham, filhos que saem de casa mais tarde, menos filhos), etc.
Para existir migração, terão de existir causas repulsivas (condições existentes no país de origem) - ex. más condições de vida, fraca mobilidade social, agricultura de subsistência) e atractivas (condições existentes no país de destino - ex. crescimento demográfico lento, liberalização das trocas na Europa).
Nos anos 50, em Portugal, assiste-se a um surto de migração interna, em que co-existem 3 factores: litoralização, urbanização e industrialização.
Em relação a migração externa, podemos dizer que no século XX existiram 3 fases: de 1900 a 1960 (Brasil, Canadá e USA), de 1960 a 1990 (para a Europa - França e Alemanha maioritariamente), e de 1990 a 2000 (importação de mão-de-obra dos países de leste).
De 1900 a 1960 - migração transoceânica: sem perspectivas de retorno, quebra de laços com o país de origem.
De 1960 a 1990 - com perspectiva de retorno, mais homens, trabalhos por conta de outrém.
Em Portugal: os anos 60 foram bons devido às remessas dos emigrantes. Muitos bancos se instaram no interior para captar essas reservas.A escassez de mão-de-obra fez com que os trabalhadores existentes conseguissem negociar entre eles por um aumento de salários, aumentando a produtividade. Contudo, a partir de 1975 tudo muda. A descolonização traz mais de 500 000 pessoas, causando instabilidade social e política e quebra de emprego, que também já se fazia sentir devido à mudança de regime.
Em suma, emigração pode ser caracterizada como uma válvula de escape para o desemprego.
Características economicas e sociais