migração em vidas secas

O presente trabalho busca fazer uma analise nas questões da migração em vidas secas. Para isso é necessário voltar um pouco ao passado histórico nordestino Brasileiro, através disto conclui-se que a seca contribuiu na ocorrência da migração populacional dessa região para outros espaços em busca de uma melhoria. Os grandes períodos de estiagem prolongada colaboraram ainda mais nesse processo, no entanto a seca nunca foi o único determinante exclusivo do fenômeno migratório. Então com isso fica claro que a seca aliada a outros conflitos levou a ocorrência da migração do sertanejo.
A migração nordestina é de grande valor para o desenvolvimento das áreas industrializadas, principalmente em aspectos econômicos. O deslocamento dos nordestinos direcionou-se em alguns momentos para o norte e em outras épocas para o sul do Brasil. Mas os que sempre tiveram maior fluxo de migração (entrada) foram os estados de São Paulo e Rio de Janeiro devido à grande oferta de emprego e à significativa concentração de capital. “Quando a sobrevivência dos habitantes de uma região é ameaçada, a tendência é procurarem outras regiões, principalmente àquelas onde há promessa de vida melhor” (Martins; Vanalli).
Diante dessas dificuldades e em busca de melhorias, Fabiano, sua esposa Sinhá Vitória, o menino mais velho, o menino mais novo, a cachorra Baleia e o papagaio deixam o sertão nordestino em busca de uma região que lhe permitisse sobreviver com dignidade.
A trajetória realizada pela família é marcada por dificuldades e feita sob o sol forte em pleno verão nordestino. O caminho é longo e o cansaço torna-se um companheiro diário e é facilmente demonstrado pelas crianças.
O destino da família era incerto, eles caminham sem rumo em busca de um lugar onde poderiam ter uma vida com mais qualidade. Apesar de tantos problemas, ainda existia esperança de ter uma vida mais digna. Ao avistar uma fazenda ao longe Fabiano deixa transparecer a esperança de encontrar água e comida para saciar sua