Migração em salmões pacíficos

Migração em salmões pacíficos
O salmão pacífico é semelparo, ou seja, depois de desovar, ele morre. Assim, os adultos acabam não contribuindo geneticamente para o sucesso da espécie, porém os nutrientes vindos de sua morte beneficiam os filhotes que se alimentarão por conta própria naquele ecossistema. Mesmo assim, o sucesso reprodutivo, ou seja, os alevinos que chegam à fase adulta é menor que 1%, assim como durante a migração rio acima, 90% dos salmões morrem.
Para o salmão pacífico, a dificuldade da migração não está apenas na extensão desta, mas também em vários outros desafios pelos quais necessita passar como, por exemplo: predadores, parasitas, alteração nos hábitats, barreiras físicas e etc. Talvez o maior desafio desses peixes seja a habilidade de migrar da água salgada para a água doce quando adultos e o processo inverso, a smoltificação. Esse processo de smoltificação é feito baseado na abundante quantidade de alimento oferecido em mar aberto se comparado com os ambientes de água doce, mas o principal desafio encontra-se na mudança do ambiente hipoosmótico para o ambiente hiperosmótico.
Ainda há dúvidas em como o salmão se orienta para o local de seu nascimento, porém acredita-se que eles conseguem sentir quatro odores em concentrações diminutas, o que auxiliaria no reconhecimento e serviria como orientação. Como se não bastasse o esgotamento físico, os salmões param de se alimentar após entrarem nos rios e utilizam de sua gordura corpórea como forma de energia tanto para continuar a migração, como para dar fim ao processo de maturação em que as características sexuais secundárias são desenvolvidas e os ovos e o esperma se maturam.
A primeira migração realizada por esse tipo de peixe ocorre horas depois da eclosão do ovo. Isso acontece para que suas bexigas natatórias comecem o seu funcionamento, eles migram do cascalho até a superfície da água e enchem-na de ar. Nesse momento, seus músculos serão usados pela primeira vez e o saco vitelino é