Migração Cearense
No ano de 1877 o nordeste brasileiro sofria com as consequências da seca. Muitos nordestinos, pricipalmente do Ceará foram estimulados a migrarem para a Amazônia, para assim trabalharem na extração do látex. Este destino de migração foi ainda popular durante a seca de 1915, confome escreveu Raquel de Queiroz no romance O Quinze.
A migração para a Terra da Fartura, foi sempre estimulada com o aval dos governos estaduais nordestinos, porém com os Acordos de Washington assinados por Getúlio Vargas em 1943, esta passou a ser estimulada e organizada pelo Governo Federal. O órgão reponsável por este movimento migratório foi Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia ou mais conhecido como SEMTA. Calcula-se que mais de 60.000 pessoas migraram para a região amazônica para trabalharem como Soldados da Borracha.
Devido principalmente ao problema da exploração social e do trabalho na economia rural nordestina, relacionada com e eventualmente justificada pela seca, somados com a grande oferta de empregos de outras regiões principalmente nas décadas de 60, 70 e 80, em especial na região Sudeste, verificou-se um pronunciado fluxo migratório de parte da população nordestina para outras regiões do país.
Na última década, porém, devido às alterações estruturais na economia impulsionadas por medidas social-democratas e com a crise do Estado, surgiu um problema generalizado de aumento do desemprego, de