Midias na educação

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA- UNEB
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS - CAMPUS IV/JACOBINA
DISCIPLINA – ENSINO DE HISTÓRIA E LIVRO DIDÁTICO
PROFA. JOSEANE BISPO OLIVEIRA
ALUNO – RENIVALDO JESUS DE FRANÇA SEMESTRE II

ATIVIDADE

Ambas as obras estão separadas por pouco mais um século. Enquanto uma é do século XIX (1880) a outra é do séc. XX (1993). Num período entre acaloradas discussões protagonizadas, de um lado pela historiografia Positivista e do outro a Escola dos Annales, que busca acabar com a influência da Filosofia na História e criar uma Nova História. Através das capas e dos prefácios já dá para ter uma ideia da concepção de história que embasa as duas vertentes historiográficas. A primeira não deve ser tributária de outra historiografia senão a história tradicional metódica positivista. Onde os heróis, os agentes da história são (reis, papas, imperadores, governantes, capitalistas), os fatos são aqueles aos quais foram dados registros oficiais, com a visão e o interesse, das elites governantes. Na imagem da capa do livro é mostrada uma cena do descobrimento e nas palavras do prefaciador é uma obra “[...] com que espera poder prestar alguns serviços à sua pátria.”, esse nos parece ser o único objetivo da obra, servir à história oficial. A data em que foi prefaciada antecede o fim da escravatura no Brasil que só aconteceria oito anos mais tarde. Estamos ainda no limiar do fim da escravidão e do início da República. Esse dado, por si só, não é de todo esclarecedor, mas revela um conjunto de valores e uma visão de mundo e de sociedade onde o outro, entenda-se, o negro, o não europeu, não branco, não tem espaço, voz ou vez, não fazendo, portanto, parte da história. Nesses idos éramos ainda uma monarquia, com um imperador português (D. Pedro II), cujo pai (D. Pedro I) é visto até hoje, por alguns, como o grande herói da nossa Independência, porque é, lamentavelmente, dessa forma que ainda nos ensinam nas escolas.

Na segunda obra, editada