Midia e manipulação
Quem argumenta é Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília e ex-diretor de Veja – de um tempo em que isso não envergonhava jornalistas.
No artigo "Uma farsa óbvia e mal ensaida", ele expõe suas razões:
"O mais novo vazamento de trechos dos múltiplos depoimentos do doleiro Alberto Yousseff expressa uma tradição vergonhosa pela finalidade política, antidemocrática pela substância. Não, meus amigos. Não se quer informar a população a partir de dados confiáveis. Também não se quer contribuir com um único grama para se avançar no esclarecimento de qualquer fato comprometedor na Petrobrás. Sequer o advogado de Yousseff reconhece os termos do depoimento. Tampouco atesta sua veracidade sobre a afirmação de que Lula e Dilma sabiam das “tenebrosas transações” que ocorriam na empresa, o que está dito na capa da revista.
Para você ter uma ideia do nível da barbaridade, basta saber que, logo no início, admite-se que só muito mais tarde, através de uma investigação completa,que ninguém sabe quando irá ocorrer, nem quando irá terminar, “se poderá ter certeza jurídica de que as pessoas acusadas são culpadas.”
Não é só. Também se admite que Yousseff “não apresentou provas do que disse.”
Precisa mais? Tem mais.
Não se ouviu o outro lado com a atenção devida, nem se considerou os argumentos contrários com o cuidado indispensável numa investigação isenta.
O que se quer é corromper a eleição, através de um escândalo sob encomenda, uma farsa óbvia e mal ensaiada. Insinua o que não pode dizer, fala o que não pode demonstrar, afirma o que não conferiu nem pode comprovar."
Detalhe importante: o "depoimento" do doleiro já foi desmentido por seu próprio advogado. Diante do crime eleitoral cometido pela revista Veja, que representa um atentado à própria