midia nos movimentos sociais

Qual o lugar da mídia nos movimentos sociais e o espaço das questões sociais na mídia?

Maria da Gloria Cohn critica os olhares da grande mídia sobre as organizações sociais. A autora faz inicialmente uma grande confusão, utilizando o terno “grande mídia” para falar dos meios de comunicação, no qual refere-se a qualquer meio para divulgar ideias e não somente ao espaço jornalístico.

As organizações sociais são separados evidentemente por dois seguimentos pela autora: o primeiro diz respeito a de posição emancipatória, que luta pela transformação social e almeja o fim da exclusão, seria discriminado pela “grande mídia.” No segundo, os movimentos sociais veem o cidadão como consumidor ou usuários dos serviços, teria maior espaço na cobertura jornalística, assim como o Terceiro Setor, que possui assessorias de comunicação e planeja ações para serem reportadas pelos veículos de comunicação.

Em suma, a pesquisadora condena os meios de comunicação por não cobrirem os movimentos que asseguram a transformação social, de linha marxista, e os movimentos sociais de “perspectiva reformadora” por precisarem da mídia para consolidar suas propostas e obter mais recursos financeiros.

“Muitas vezes lhe são atribuídos muito mais poder e força do que de fato possam deter (...) este superdimensionamento resulta também da forma como a mídia apaga do conflito, a diferença. Eles se transformam, nas reportagens, em lugares e identificação, elimina-se do processo de identidade propriamente dito, a diferenciação, a luta,a resistência” (2003, p.191). Momento em que Maria analisa a cobertura jornalística sobre os movimentos identitários e culturais.

A respeito dos questionamentos apontados pela autora as organizações sociais e suas pautas devem dialogar com os meios de comunicação, para assim abrangerem a credibilidade no qual os confia a lutar pela a cidadania.

Os comunicadores precisam criar mais canais de comunicação com os cidadãos, sejam seus leitores,