Midia crime e sociedade
Reportagem exibida em 11/11/2011 pelo RJTV 1ª Edição – Rede Globo
Em relação ao policiamento na região da favela da rocinha
“o policiamento continua reforçado, mas há alguns instantes a nossa equipe levou um susto(...) ouvimos dois disparos vindos da av Niemayer (...) De repente desceu um jovem, descalço vestido com uma bermuda e uma camisa, rolando aqui esse canteiro, e um homem com uma pistola estava la, desceu do carro e fez dois disparos(...)esse jovem saiu correndo aqui pela esquina(...) a gente não conseguiu identificar se o homem que fez os disparos era um policial ou não(...) a gente acredita que possa ter sido uma tentativa de assalto, uma vez que esse rapaz que saiu correndo estava descalço e com uma roupa bem suja e escapou(...) mas o policiamento continua reforçado” - mas que perigo heim rogério, numa hora de tanto movimento uma pessoa disparar dois tiros”
Podemos observar que durante todo o trecho há a aplicação da Noção de “periculosidade virtual” estudada em sala, onde o individuo é julgado por uma atitude suspeita, há uma antecipação do crime, através de impressões morais. Neste caso uma classificação de acordo com o discurso do repórter que insinua que tudo indicava que os dois eram marginais e que causavam perigo à sociedade, tanto o que efetuou os disparos quanto o que corria aparentemente sujo e mal vestido.
“Essa noção parece-me tanto mais interessante quando maior for à capacidade do poder de definição de antecipar (ou prover) a adequação da incriminação a um individuo e de construí-lo como pertencente a um tipo social. Amplia-se a sujeição criminal como uma potencialidade de todos os indivíduos que possuem atributos próximos ou afins ao tipo social acusado”. – Michael Misse
Diante disso, essa classificação de periculosidade baseada na aparência do individuo se torna passível de erro quando no trecho do Livro “Cabeça de porco – Luiz Eduardo soares”, observamos o narrador descrever uma poderosa traficante, sua