Microscopia Eletrônica e Nanotecnologia
Microscópio Eletrônico de Transmissão: Foi desenvolvido na Alemanha em 1931 por Knowll e Ruska, com base no experimento de Bush que provou a possibilidade de focalizar um feixe de elétrons com uma lente eletromagnética circular. O primeiro modelo comercial do MET foi produzido pela Siemens Corporation em 1938. O microscópio eletrônico de transmissão possibilitou imensos avanços na ciência ao permitir estudos das ultraestruturas dos materiais. O MET possui sistemas de iluminação e vácuo que produz feixes de elétrons de alta energia (cinética), que ao incidir sobre uma amostra ultrafina (na espessura de um nanômetro) fornece imagens planas intensamente ampliadas, possuindo a capacidade de aumento de até um milhão de vezes, permitindo a visualização de moléculas orgânicas, como DNA, RNA, proteínas, etc. O sistema de vácuo remove o ar e outras moléculas de gás da coluna, evitando que ocorra erosão do filamento e proporcionando a formação de uma imagem com excelente qualidade e contraste. A imagem é formada em um anteparo fluorescente e pode ser redirecionada para uma chapa fotográfica para registro ou captada por um computador e armazenada para futura análise. A imagem obtida é resultante da absorção diferenciada de elétrons pelas diversas regiões da amostra, seja por variação de espessura ou por interação com átomos de maior ou menor número atômico. A maioria dos átomos das estruturas celulares tem baixo número atômico, logo não contribuem para a formação da imagem. O uso de substâncias que contêm átomos pesados, como ósmio, chumbo e urânio permitem obter um contraste entre estruturas celulares, contribuindo para uma melhor imagem.
Microscópio Eletrônico de Varredura: Faz uso de quase todos os sinais gerados pela interação entre o feixe de elétrons e o espécime, provendo grande riqueza de detalhes sobre os materiais. No MEV, um feixe de elétrons de 5-50 KeV varre a superfície do espécime. São produzidos raios-X, elétrons