Microeconomia
A notícia em análise reflecte a preferência dos consumidores pelos combustíveis dos hipermercados, devido ao seu baixo preço, comparativamente aos postos de referência – “Segundo a associação, as diferenças de preço entre as marcas brancas e as das grandes petrolíferas «são cada vez mais significativas, com preços que chegam a ser 15 cêntimos mais baratos no caso da gasolina e 14 cêntimos no gasóleo.” Comecemos por perceber como é que os preços dos combustíveis são fixados. Estes são definidos pelo valor do petróleo na semana anterior no mercado europeu, mais as despesas da indústria transformadora, distribuição, armazenamento e impostos. Então surge-nos logo uma pergunta, porquê é que o preço nos hipermercados é mais baixo? Os combustíveis comercializados nos postos de referência são mais completos do que aqueles vendidos nos hipermercados, se a este factor adicionar-mos o facto de a mão-de-obra, o nível de instalação e a distribuição serem mais económicos, torna-se evidente que o preço praticado nestes mesmos estabelecimentos sejam inferiores quando comparados com as grandes empresas petrolíferas. Assim, e tomando como certo, que ao consumidor lhe é indiferente consumir em qualquer superfície, e que é racional, isto é, que respeita a sua restrição orçamental (o montante gasto em determinado bem, não poderá ultrapassar a sua disponibilidade orçamental), acabará por fazer as melhores escolhas.
Portanto, e transpondo para a notícia em análise e em termos económicos, um aumento dos preços dos combustíveis nas principais empresas, vai fazer com que o consumidor prefira abastecer nos hipermercados. Assim, facilmente percebemos que este mesmo bem mas de “marcas” diferentes são substitutos perfeitos e a sua taxa marginal de substituição (é a taxa a que um consumidor está disposto a substituir um bem pelo outro, medindo o declive da curva de indiferença) é de -1, pois esta mesma substituição é feita a uma taxa constante, o que faz com que a