microeconomia

CONCLUSÃO:

O artigo tratou o conceito de eficiência econômica e suas implicações normativas para uma política de concorrência. Nele, procurou-se analisar as limitações do enfoque tradicional de eficiência alocativa, que consiste na relação entre bem-estar social e eficiência econômica. Outrossim, evidenciou-se três problemas metodológicos que englobam: 1) Problema da compatibilidade de Pareto, em que não é possível haver uma comparação em termos de eficiência alocativa entre situações estruturais distintas no mesmo mercado hipotético; 2) Problema da adequação da eficiência alocativa à análise de mercados, no qual a identificação entre eficiência alocativa e excedente econômico de um mercado só é válida para casos muito particulares de funções de utilidade quase lineares; 3) Problema da questão distributiva, que consiste na exclusão de todo e qualquer outro critério por um princípio supostamente científico ou objetivo, mas que na verdade apenas reflete uma limitação da teoria subjacente. E ainda, um problema de limitação do enfoque estático de eficiência alocativa à análise normativa, uma vez que as circunstancias frequentes na economia contemporânea não produzem efeitos imediatos ou de curto prazo, como por exemplo fusões de joint ventures que implicam em mudanças tecnológicas. Por isso, o artigo ressalta a necessidade de substituí-lo por um referencial dinâmico e fora do equilíbrio (eficiência seletiva), fazendo das inovações e mudanças ao longo do tempo um elemento definidor e não complicador da análise. Para tanto, o autor se valeu da abordagem schumpeteriana e evolucionária, centrada na concorrência e na inovação, na qual a concorrência não é um mecanismo de mercado, ou um conjunto de condições estruturais para se definir um equilíbrio competitivo; ela é um processo de interação entre agentes econômicos (firmas) visando à apropriação privada de lucros, que não pressupõe nem leva a nenhuma