Microbiota oral e prática odontológica
Nas palavras de (MARSH & MARTIN, 2005), nem todos os microrganismos que entram na boca são aptos a proliferar. Os organismos microscópicos que estão apenas “de passagem” pela boca do hospedeiro formam a microbiota transitória.
Para (MARSH & MARTIN, 2005) a boca humana possui aspectos peculiares a dos outros animais dentados que a torna ecologicamente diferente de todas as outras regiões do corpo, pois apresenta tipos de bactérias que são capazes de persistir. A região bucal mostra condições ecológicas próprias, que amparam o desenvolvimento de uma comunidade de micróbios característicos, incluindo as áreas dos dentes e mucosas.
De acordo com Socransky e Haffajee (2005), um organismo pode desempenhar um papel em uma habitat e desenvolver um diferente em outro. No conceito de Socransky e Haffajee esse habitat é chamado de nicho, onde não apresenta, só a localização, mas tem a conotação de função.
A composição do comunidade microbiana oral reflete as condições que o habitat proporciona para superar as exigências nutritivas e físico-químicas dos microorganismos. A boca é um ambiente favorável ao surgimento de vários organismos visto sua condição ambiental, como calor, umidade, diversidade de nichos e ao depósito de restos alimentares
(BURNETT et al., 1976; LOESCHE, 1997) afirmam que a natureza e o número de carboidratos ou proteínas serão responsáveis por quais microrganismos vão permanecer. Os hospedeiros (saliva, fluido do sulco gengival, células epiteliais descamadas), os próprios microrganismos (produtos de excreção, produtos extracelulares) e os alimentos que a pessoa ingere são a fonte de nutrientes para esta microbiota. (MAYANAGI et al., 2004; PEREA, 2004) estimam que através dos métodos da microbiologia clássica e de biologia molecular, mais de 700 tipos microbianos vivem na boca humana, e as bactérias são os componentes dominantes.
No corpo humano,