Microbiologia e.coli

Introdução

1. ESCHERICHIA COLI.

A Escherichia coli é uma espécie de bactéria alongada em forma de bastonete, ou seja, forma de bacilo. Ela pertence ao grupo de bactérias gram-negativas, não formadoras de esporos, e se movimentam através de flagelos ou são imóveis. Fazem parte da família Enterobacteriaceae e estão presentes na microbiota do trato intestinal de humanos e da maioria dos animais homeotermos (PRADO, l997).

Normalmente as bactérias E. coli, sintetizam vitaminas K e B, que são absorvidas pelo corpo e em troca o intestino fornece nutrientes para elas. Além disso, a e E.coli produz a proteína bacteriocina, que cessa o crescimento de bactérias relacionadas com micróbios patogênicos Salmonella e Shigella apresentando uma associação mutualística com o hospedeiro, onde ambos são beneficiados (TORTORA, FUNKE & CASE, 2005).

A E.coli está presente na flora fecal normal humana, podendo causar a contaminação fecal de alimentos. Muitas cepas de Escherichia coli não são patogênicas, porém as que são podem resultar em infecções urinárias, septicemias, meningites e outros tipos de infecção (TRABULSI; CAMPOS 1999).

Então, podemos dizer que essa bactéria pode provocar tanto doenças intestinais quanto extra intestinais.

Para identificação das cepas de Escherichia coli, estabelecimento dos métodos sorológicos proposto por KAUFFMAN (1947) propôs que amostras desta bactéria fossem identificadas tendo como base seus principais antígenos de superfície, que são os antígenos O (somáticos), antígenos K(capsulares), antígenos H (flagelares) e antígenos F (fimbriais).

Estes antígenos de superfície (também denominados adesinas ou fatores de colonização, ou antígenos de aderência) são estruturas das células bacterianas que as possibilitam colonizarem, sobreviver e multiplicar-se em um determinado tecido. Praticamente todos os patógenos possuem estratégias de adesão aos tecidos de seus hospedeiros. A adesão às células de certas mucosas de órgãos, como por