Michele Haneke
423 palavras
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ESTADO DA ARTEMichael Haneke
Marcante, determinante, frio e bastante objectivo: é assim o trabalho de Michael Haneke, um realizador austríaco.
Haneke dá início ao seu “caminho” via televisão, em 1974. Uns anos mais tarde as telas de cinema ganham mais valor, quando o realizador se estreia com o filme “Der Siebente Kontinent”.
Michael trata situações do quotidiano de forma maliciosa e por vezes um tanto ou quanto chocante. As suas obras são repletas de suspense, deixando quem as vê expectante em relação ao que está para acontecer. Um verdadeiro contador de histórias do sentimento humano, com uma comotação fortíssima. As suas histórias “incómodas” desafiam o espectador, causando algum temor.
O realizador é o primeiro a admitir que o facto dos seus filmes colocarem o público perante situações limite, dificulta a contemplação destes. Diz “Não se trata de fazer com que o espectador deixe de olhar. Mas, às vezes, há realidades que são difíceis de suportar e, quando são mostradas de forma dura, pode ser que alguém não aguente”.
Haneke é defensor de que a essência do drama é o encontro com a dolorosa verdade, dando como exemplo os tempos da tragédia grega, onde o drama não trata nada que seja agradável. "O cinema é drama, e o drama vive do conflito”. Para o realizador, todos nós temos que ter a capacidade de saber falar das coisas que nos aterrorizam, como por exemplo a violência na sociedade, um dos eixos de toda a sua obra.
Algo claro no seu trabalho e que o autor pretende destacar é o facto de as suas obras não trarem nada político, ou pretenderem passar qualquer tipo de mensagem. A única intencão de Michael Haneke é “fazer bons filmes”, segundo palavras do cineasta. Apesar da “não-intenção” de passar qualquer tipo de mensagem, é sempre gratificante para qualquer realizador saber que o público fez uma reflexão ou se sensibilizou de certa forma.
Ao longo de todos os trabalhos do autor, o espectador é levado, involuntariamente, a