Michel Foucault
Esta dissertação trata das relações de poder. Inicialmente, procuramos compreender como Michel Foucault compreende o poder, ou melhor, para ele não existe o poder, mas sim relações de poder, que através de seus mecanismos atua como uma força coagindo, disciplinando e controlando os indivíduos. Para Foucault, na modernidade, à medida em que foram mudando as relações sócio políticas e econômicas, também foram sendo produzidas novas relações de poder, mais adequadas às necessidades do poder dominante. Este processo atinge tal grau de eficiência, complexidade/simplicidade que o poder parece adquirir vida própria, como se prescindisse dos indivíduos. Assim, o poder parece simplesmente funcionar independente dos indivíduos. Através do aparato ideológico, burocrático e bélico, o poder se exerce, coagindo e fazendo com que os indivíduos se submetam, pois, apesar de o poder parecer invisível, adquire força na medida em que os indivíduos transformam-se numa espécie de correia de transmissão e de reprodução. De acordo com essa concepção, o poder de uma forma rude e grosseira, evolui e apresenta-se de forma sofisticada e sutil.
Bertrand Russel
O filósofo britânico Bertrand Russell (1872-1970) define o poder como "o conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados". Um desses meios é o domínio do ser humano sobre a natureza. Outro é o domínio de alguns homens sobre outros homens.
Neste último sentido, podemos ampliar o conceito de poder definindo-o como uma relação entre dois sujeitos, dos quais um impõe a sua própria vontade ao outro, determina-lhe a maneira de se comportar. O domínio sobre os homens, contudo, não é geralmente um fim em si mesmo. De acordo com Russell, trata-se de um meio para obter "alguma vantagem".
Está claro que o poder político pertence à categoria do poder do homem sobre o outro homem (e não sobre a natureza). Essa relação de poder pode ser expressa de mil maneiras, como a relação entre governantes e governados, entre