MICHEL FOUCAULT
Marco na filosofia contemporânea. Problematizou a noção de sujeito e do poder, entre outras questões.
Metodologias:
Arqueologia – busca tornar explícitos os menores e mais sutis elementos que fazem parte da questão em foco.
Genealogia – análise do jogo de forças que leva à origem de determinados discursos que constituem um saber, relacionando esse saber a formas de exercício do poder, em seus micro-aspectos, suas articulações e seus efeitos (moldando indivíduos e o social e transmitindo sua lógica).
Seus estudos, que envolveram história (contexto social, cultural, político, econômico), análise documental e pesquisa de campo, romperam barreiras entre as disciplinas.
Questão do poder:
Nova organização nas sociedades modernas (a partir séc. XVIII).
Em lugar de entender o poder como tradicionalmente visto - como uma força repressora e negativa do estado -, supõe que essas formas de dominação são mais sutis: produz saber, conhecimento – nesse sentido é positivo e produtivo.
Saber engendra poder: ”o exercício do poder cria perpetuamente saber e, inversamente, o saber acarreta efeito de poder” (Microfísica do poder). “O poder funciona e se exerce em rede. Nas suas malhas os indivíduos não só circulam, mas estão sempre em posição de exercer esse poder e de sofrer sua ação, nunca são o alvo inerte ou consentido do poder, são sempre centros de transmissão” (Microfísica do poder).
“O poder está em toda parte: não porque englobe tudo e sim porque provém de todos os lugares...não é uma instituição nem uma estrutura...” (História da sexualidade).
Relações de poder em Foucault:
O poder não é pensado a partir da ideia de posse, mas a partir da noção de exercício ou funcionamento. A relação é estabelecida por polos, lutas.
É exercido tanto sobre dominantes quanto sobre dominados e de seu exercício decorre o estabelecimento de relações desiguais e assimétricas;
O seu exercício é intencional e não subjetivo, ou seja, não é preciso