Michel Foucalt

MICHEL FOUCAULT

1. Apresentação à obra de Michel Foucault
(retirado do trabalho sobre masturbação infantil, comparativamente em Reich e Foucault, para a disciplina de Wilhelm Reich)

Michel Foucault, por sua vez, seguiu uma trajetória bastante diferente. Em poucos momentos, o autor mostrou-se disposto a discutir seu percurso biográfico ou mesmo intelectual (Guirado, 2010, pgs. 57-58). Talvez tal postura esteja condizente com suas propostas de análise do discurso onde desconstrói a ideia de autor como unidade lógica e proponha que o comentário (um discurso sobre um discurso) seja válido mas nunca seja uma cópia exata do discurso original (Foucault, 1971/2011, pgs. 21-36). Há quem divida a obra foucaultiana em três momentos principais. Inicialmente, destaca-se um agrupamento contendo os trabalhos de Foucault sobre a loucura e as instituições ligadas à saúde mental e todo o jogo negativo do poder que exclui, separa e domina; destacando-se a obra A História da Loucura da Idade Clássica. Então, destacam-se os textos foucaultianos sobre o corpo, as instituições de internação e o poder disciplinar, o que o permitiu pensar outras instituições como a escola; destacando-se obras como Vigiar e Punir. Por fim, mais recentemente, Foucault mostra-se mais interessado na investigação sobre a sexualidade, a produção de subjetividade, do cuidado de si e da estética da existência em uma concepção de poder que pode ser negativa, como o poder trabalhado até então, mas também com um caráter positivo, a faceta produtiva dos jogos de poder e resistência; destacando-se a trilogia da História da Sexualidade: A vontade de saber (vol. I), O uso dos prazeres (vol. II) e O cuidado de si (vol. III) (Guirado, 2010, pgs. 59-60). Após sua graduação em Filosofia obtendo o bacharelado de Psicologia, escreve uma tese sobre Hegell orientado por Jean Hyppolite. Mostra-se também muito favorável à fenomenologia de Heidegger, Husserl e Merleau-Ponty com quem teve aulas, inclusive. Dessas