Meus trabalhos
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO CAMPUS SÃO LUÍS - MARACANÃ
A ÁRDUA TAREFA DAS QUEBRADEIRAS DE COCO-BABAÇU DO MARANHÃO
SÃO LUÍS-MA
2012
Jardeny dos Santos Araújo
A ÁRDUA TAREFA DAS QUEBRADEIRAS DE COCO-BABAÇU DO MARANHÃO
Trabalho de pesquisa apresentado à disciplina de Metodologia da Pesquisa, ministrada pelo Profº Vinicius Bezerra, com fins a obtenção de nota.
SÃO LUÍS-MA
2012
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho apresenta como objeto de estudo uma reflexão sobre a árdua tarefa que as quebradeiras de coco-babaçu do Maranhão se deparam dia a dia, mediante as condições de vida e pressupostos. É nesse sentido que a principal problemática norteadora deste trabalho será como o Maranhão atende a busca de soluções para as dificuldades enfrentadas por estas quebradeiras do coco babaçu.
Historicamente, a quebra do coco tem sido uma atividade essencialmente feminina na qual as pessoas diretamente envolvidas são mulheres e crianças. A renda obtida com a venda dos produtos extraídos do babaçu é de fundamental importância para o povimento das despesas da família envolvidas nessa atividade. Em nível discursivo a quebra do coco-babaçu tem sido, desde a fase do autoconsumo, ou seja, um produto que não tinha quase nenhum valor de mercado, uma atividade feminina de caráter complementar, onde a extração das amêndoas de babaçu é realizada de maneira totalmente artesanal, uma vez que as tentativas d criar máquinas práticas não tiveram êxito.
A construção da identidade de quebradeiras de coco foi algo lento e processual. Inicialmente, muitas mulheres espalhadas pelo estado tinham como principal atividade a quebra do coco e eram vistas pela sociedade local como quebradeiras de coco, entretanto, esta não era uma identidade coletivamente pensada e manipulada por elas. A partir da década de 1990, a identidade de quebradeira de coco é definida e construída em mobilizações pela garantia da posse da terra, e pelo acesso e