Meu nome é Rádio
Resumo O artigo visa pensar sobre a relação entre inclusão social, ética, justiça e preconceito, enfatizando os inúmeros problemas sociais existentes pela falta de socialização e colaboração com o próximo. Como base trazemos o filme Meu nome é Rádio, que ilustra de forma verídica e com clareza essa situação.
Palavras-chave inclusão social, ética, justiça, preconceito
“Nunca é um erro se importar com alguém...”
Esposa do treinador Harold Jones - Meu nome é Rádio
Meu nome é Rádio é um filme que relata a história emocionante de James Robert ‘Rádio’ Kennedy, uma pessoa diferente, com necessidades especiais de inclusão social, mas sem nenhuma deficiência física aparente, ou seja, ele apenas necessitava de um incentivo externo para que seu instinto de socialização viesse a aflorar. Este filme, tanto esclarece, tanto quanto nos deixa inquietos perante a nós mesmos, pedindo uma reflexão sobre nossas atitudes: “Em qual momento da vida sentimos a necessidade de ser correspondido pelo aquilo que realmente somos e não pelo aquilo que representamos?” Difícil resposta. Isso porque a normalidade da ordem, existente na sociedade contemporânea, ou seja, as pessoas consideradas normais , não necessitam de estímulo constante para a socialização. Agora, pensemos, e quem não é considerado normal? A sociedade irá acolher de forma receptiva? Igual a todos os outros? Com as mesmas oportunidades? Provavelmente não. Não que ela não queira esse tipo de inclusão, mas porque não está preparada para receber de forma apropriada a quem realmente precisa dela. O grande desafio é a diversidade. Como se edifica conceitos de ética, educação e cidadania, em uma diversidade sempre existente, porém pouco discutida? O Brasil já nasceu multicultural, diferenciado, mas nós o ignorávamos. O pior é que continuamos ignorando, com o pensamento sempre direcionado para uma mentalidade monocultural. Temos os nossos olhares voltados somente para o lado