A Filosofia da Educação cumpre um papel fundamental dentro da escola, enquanto detentora do processo educativo. A filosofia da educação propõe um movimento de auto-reflexão, isto é, uma postura refletida da educação, onde a educação não de se desvincular da realidade, mas se propõe a buscar seus fundamentos na práxis. Assim, a educação se auto-avalia e é avaliada a partir de uma filosofia da educação. Esta auto-avaliação pervade todos os espaços próprios do mundo educacional e apresenta sugestões à otimização da educação enquanto processo de tomada de consciência e transformador do mundo. A filosofia instiga um olhar crítico, nesse caso o foco deste olhar é a educação. Quando a crítica da filosofia é avaliada pela educação, surge a possibilidade de construção de um projeto educativo com bases mais sólidas. Estas bases são dadas pelo confronto que filosofia propõe, atraindo a vida ordinária para a escola. Quando são estreitados os laços entre a vida ordinária e a escola, irrompe a possibilidade da produção de um conhecimento válido e útil. Uma escola sem crítica e sem auto-avaliação tende a afastar-se da vida, com isso aparece a produção de um conhecimento obsoleto e sem sentido prático, ou seja, surge um conhecimento para ninguém, conhecimento que enche livros, mas que não transforma o mundo nem se abre para a conscientização. Não queremos criticar o conhecimento produzido durante a história da educação, mas chamar a atenção para a preocupação conteudista da educação brasileira, onde não há o fortalecimento da conscientização, mas a reprodução de uma estrutura mercadológica e opressora. A filosofia da educação, além de conduzir a educação para uma auto-reflexão, tem a função libertadora e dá à educação os meios necessários para seu fortalecimento e crescimento concreto, levando os educandos à autonomia, função evidente da educação.