Metropolização
O modelo de desenvolvimento adotado no Brasil a partir dos anos 1950 e a formação de um mercado nacional integrado levaram a processos encadeados de metropolização e de interiorização urbana e demográfica. Inicialmente, ocorreu uma metropolização acelerada, nucleada no crescimento de algumas grandes capitais, mas que, em seguida, perde impulso diante da multiplicação de cidades pequenas e médias, e de uma nova metropolização, agora disseminada por inúmeros espaços urbanos menores.
A expansão industrial acelerou o crescimento de algumas cidades, principalmente capitais, para as quais afluíram os maiores investimentos e as atividades mais modernas. Com isso, formaram-se aglomerações urbanas com mais de um milhão de habitantes, chamadas de cidades milionárias.
Embora as primeiras regiões metropolitanas tenham diminuído seu ritmo de crescimento, os fenômenos de conurbação não cessaram, atingindo outras cidades, na medida em que atividades industriais e urbanas se dispersavam por outras áreas do território nacional. Pela Constituição de 1988, os estados assumiram a prerrogativa do reconhecimento legal de regiões metropolitanas.
A urbanização no Brasil caracterizou-se, de início, por forte concentração humana junto às cidades milionárias, dando origem às grandes regiões metropolitanas. Posteriormente, acompanhando o processo de desconcentração econômica, a urbanização pautou-se sobretudo pela multiplicação de pequenas e médias cidades, configurando também uma desconcentração populacional no país. De fato, na medida em que outras regiões, além do Sudeste, passaram a atrair capital produtivo, também outras cidadescresceram mais que as ,regiões metropolitanas até então existentes e vieram a se tornar também regiões metropolitanas, embora com população bem mais modesta, não milionária.
No entanto, como a modernização não ocorre de maneira uniforme, pois é seletiva e excludente, ela revela dupla face. De um lado, propicia desenvolvimento e riqueza aos