Metropolitano de Lisboa
João Vasco Costa
No passado 29 de Dezembro de 2009 assinalaram-se cinquenta anos sobre a inauguração do Metropolitano de Lisboa.
Contudo, os projectos para a sua construção começaram há muito mais tempo:
- 1888 – É feita a 1ª proposta de caminho-de-ferro subterrâneo. A ideia do Engenheiro Militar Henrique Lima e Cunha, incluia uma rede de 4,9 Km., em forma de quadrado, ligando Alcântara, Rato, Intendente e Cais dos Soldados. O seu custo seria de 1 milhão e 500 mil réis;
- 1913 – O Visconde de Assentis (engenheiro) quis construir o metropolitano entre o Cais do Sodré, Rossio e Santa Apolónia, mas não conseguiu concessão para a obra;
- 1922 – Os comerciantes António Oliveira Belo, Boaventura Mendes de Almeida e Henrique Munró dos Anjos, sugeriram a construção de uma rede com duas linhas, unindo Alcântara, Rossio e Santa Apolónia – obra que custaria 20 mil contos;
- 1922 – Nesse mesmo ano, o médico António Fontes, em associação com Eduardo Molano (corrector da bolsa de Bilbau) propôs a concessão do metropolitano por noventa anos, sendo que 5% das suas receitas iriam para a Câmara Municipal de Lisboa nos primeiros 50 anos, 10% nos seguintes 25, e 15% nos restantes 15. Garantiu ainda livre-trânsito aos vereadores, agentes da polícia e funcionários dos correios; Apesar da proposta, a Câmara não aceitou.
- 1923 – O Engenheiro Gaston d’Aussenac e o comerciante Abel Coelho projectaram uma rede com cinco linhas (partindo todas do Rossio) e 37 estações;
- 1924 – Abertura do primeiro concurso pela Câmara Municipal de Lisboa para a adjudicação da concessão de uma rede de Metropolitano, com a condição da sua participação numa receita bruta superior a 8%, o que afastou quási todos os candidatos. Só os espanhóis José Manteca Y Roger e Juan Luque Argenti concorreram, sugerindo uma rede com oito linhas e um total de 26,8 Km., englobando Belém, Poço do Bispo, Rossio e Benfica. A obra teria o custo de 107 milhões de