metodos contracetivos - Implante Hormonal
Em que consiste?
O implante é um método contracetivo hormonal muito eficaz, seguro, reversível, cómodo e discreto. “Trata-se de um bastonete de vinil-acetato de etileno, com 4 centímetros de comprimento, que contém 68mg de etonogestrol.” (DGS, 2008. p.28) É designado de monohormonal, uma vez que apenas liberta um progestagénio (hormona semelhante à progesterona) e não apresenta estrogénio na sua constituição.
Este é um método de longa duração, ou seja, “proporciona contraceção até três a cinco anos” (Perry, 2011, p.X) e não exige o compromisso diário da mulher. Pode ser usado em qualquer idade e não tem efeitos teratogénicos.
É bastante indicado em casos de mulheres que não podem tomar estrogénios, a fumadoras com mais de 35 anos de idade e a portadoras de deficiência mental.
Para se dar início ao uso deste método contracetivo, é necessária uma avaliação da tensão arterial, do peso e do índice de massa corporal.
Mecanismo de ação
O seu mecanismo de acção iguala-se ao dos contraceptivos orais projestativos e injectáveis.
A libertação diária para a circulação de pequena quantidade de progestativo provoca um espessamento do muco cervical, evitando a penetração dos espermatozoides na cavidade uterina e modifica o endométrio, não permitindo a nidação e inibindo a ovulação. Consequentemente, as menstruações não ocorrem ou tornam-se escassas e irregulares.
Eficácea
O implante tem uma eficácia contracetiva muito elevada, superior a 99%, ou seja, há 0 a 0,07 gravidezes por 100 mulheres, no período de um ano.
Modo de utilização
Segundo a DGS (2008), “a inserção e a remoção do implante devem ser executadas por um profissional especializado para o seu efeito.” O implante é colocado por baixo da pele do braço e, caso não haja na unidade de cuidados primários um profissional especializado, a mulher que deseje a inserção do implante contraceptivo deve ser referenciada para a consulta de planeamento familiar do respectivo hospital de apoio