Metodológicas da Geografia Agrária.
O texto a seguir tem por objetivo apresentar algumas perspectivas referentes as correntes do pensamento geográfico e algumas concepções no âmbito da Geografia Agrária, buscando assim estabelecer um debate pautado nas contribuições da Ciência ao se pensar o espaço agrário.
Inicialmente é possível ressaltar os trabalhos de descrição propostos por viajantes, historiadores e naturalistas que antes da institucionalização da Geografia realizavam alguns estudos na área, principalmente trabalhando como cartógrafos e um dos principais contribuintes dessa Geografia é o cientista Alexander Von Humboldt, que em diversas expedições ele efetuou observações astronômicas, meteorológicas, de magnetismo, de temperatura e de composição química do mar. A Geografia, assim surge na segunda metade do século XIX, inicialmente sob grande influência de uma Geografia francesa, esta direcionada a uma abordagem positivista e possibilista, enquanto que a Escola alemã embasava-se em um positivismo determinista. Na Geografia Clássica um dos fatores notáveis desta abordagem consistia na descrição, levando em consideração a neutralidade científica, a neutralidade mediante a pesquisa, onde o trabalho de campo exercia um papel fundamental e também a presença da indução. No início Bray observa uma geografia agrária muito próxima ao Positivismo, o trecho a seguir evidencia esta concepção:
“A geografia agrária funcional- cultural no seio dos positivismos buscava sua afirmação como ciência – com método e objeto próprios - por meio da indução com o trabalho de campo e da visão sistêmico- organicista na relação sociedade- natureza, caracterizando os tipos de agricultura e os sistemas agrícolas.” (BRAY:2007; P.12)
No decorrer da década de 60 a Geografia agrária brasileira chega a uma aproximação da Geografia Neopositivista, esta com suas bases fundadas