Metodologia
Em fevereiro de 2012, o Índice de Preços ao Consumidor – Brasil
(IPC-Br) passará pela 11° atualização de sua estrutura de ponderação. Diferentemente das últimas revisões – orientadas por Pesquisas de Orçamentos Familiares (POFs) realizadas pela
FGV – a atual terá por base a POF efetuada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre 2008 e 2009.
HISTÓRICO
Em novembro de 1947, a Revista Conjuntura Econômica iniciou a divulgação de indicadores e estudos econômicos produzidos pelo Núcleo de Economia (mais tarde Instituto Brasileiro de
Economia - IBRE), com retroação a 1944.
A POF é um tipo de levantamento que tem por objetivo recolher informações sobre gastos e rendimentos de uma população de famílias (unidades de consumo) de modo a permitir a elaboração de estruturas médias de consumo. Tais estruturas, denominadas "cestas” de bens e serviços, são utilizadas como pesos na determinação de índices de preços ao consumidor.
Periodicamente, estes pesos são atualizados para que reflitam da maneira mais fiel possível os hábitos de consumo das famílias. O Índice de Preços ao Consumidor - IPC, chamado de Índice do
Custo de Vida, era basicamente uma sequência dos índices divulgados pela Receita Federal desde 1912, submetido a diversos ajustamentos, principalmente nas rubricas: criados, vestuário, móveis e utensílios domésticos, com o fim de tornálos mais representativos de famílias de "renda módica", uma vez que, embora declarando-se de classe média, a família-base para cálculo de índices do custo de vida tinha padrões de consumo típicos de famílias ricas.
As POFs produzidas pelo IBGE possuem amostras de domicílios suficientemente representativas da população nas dimensões geográfica, etária e de faixas de renda, entre outros aspectos socioeconômicos. Isto possibilita a sua utilização como base de dados para o cálculo das ponderações do IPC-Br e demais índices de