METODOLOGIA
Saímos em busca de uma fila na qual as pessoas estivessem à espera de atendimento médico, entretanto, encontramos dificuldades em acha-la devido ao horário em que chegamos aos locais e também pela preferência de entrevistar pessoas que estivessem em filas externas.
Ao chegarmos ao Centro Oftalmológico da Santa Casa conversamos com o senhor Odair, que aparentava 50 anos e acabava de sair da sua consulta. Satisfeito com o atendimento e muito simpático, ele nos disse que apesar do bom atendimento, aguardou dois meses pela consulta.
Continuamos a procura por uma fila externa, e chegamos ao Hospital IPSEMG, de uma estrutura grande, com muitas pessoas do lado de fora, dentre elas pacientes e vendedores ambulantes.
Abordamos duas senhoras, de aproximadamente 70 anos de idade, pedimos para que colaborassem com o trabalho, porém elas se negaram, pareciam estar irritadas e cansadas. Sentada ao lado delas, estava uma moça, de aparência tranquila, simples e que estava vendendo marmitas. Ao perceber o intuito da nossa visita, ela nos abordou e se ofereceu para ajudar-nos. Relatou que, por trabalhar todos os dias no local, ela conhece a rotina e complementou dizendo: “Na maioria das vezes, há pacientes de lugares distantes que chegam aqui no hospital com consulta marcada e não são atendidas pela falta de médicos. Alguns deles chegam pela manhã e ficam sem almoço, porque só vão ser atendidos à tarde, e é por isso que eu fico aqui vendendo marmitas”.
Ao sairmos do hospital, nos deparamos com a UPA Centro-Sul, onde conversamos com a equipe do SAMU que estava na porta. Sempre muito educados, eles nos fizeram algumas perguntas e nos orientaram a pedir autorização ao enfermeiro chefe para que pudéssemos adentrar o recinto e realizar a