metodologia e apuração da inflação
2. Evolução recente da inflação
Os índices de preços confirmaram, em maio, que a inflação continua caindo. Os preços no atacado registraram variação negativa, influenciados principalmente pelos efeitos da recente apreciação cambial, em particular sobre os preços de bens com cotação internacional. Os preços ao consumidor também mantiveram-se em desaceleração, contudo em ritmo menos intenso do que o dos preços no atacado, refletindo pressões em itens específicos.
A variação do IPCA atingiu 0,61% em maio, comparativamente à de 0,97% no mês anterior, acumulando 6,80% em 2003 e 17,24% nos últimos doze meses findos em maio. O IGP-DI recuou 0,67%, ante alta de 0,41% em abril, enquanto o IPA-DI caiu 1,68%, após aumento de 0,07% no mês anterior. Considerando as variações do IGP-DI e do IPA-DI acumuladas em doze meses, observou-se recuo pelo segundo mês consecutivo, atingindo percentuais de 30,05% e 38,5%, respectivamente, ante 32,37% e 42,65% observados em abril.
Em relação ao IPCA, o aumento médio de 6,45% nas contas de energia elétrica em decorrência do reajuste de tarifas e da cobrança da taxa de iluminação pública em diversas capitais respondeu pelo maior impacto individual no resultado do mês: 0,27 p.p. O arroz, com aumento de 14,46% em razão da menor oferta devido à quebra da produção no sul do país, também contribuiu de forma significativa para a variação mensal do índice.
Tanto os preços livres como os monitorados mostraram arrefecimento no IPCA. A taxa nos preços livres passou de 0,87% em abril para 0,53% em maio, principalmente em decorrência da desaceleração dos preços de produtos não comercializáveis, que registrou taxa nula no mês ante 0,58 % em abril - maior influência dos preços dos alimentos in natura, em queda, e da estabilidade na variação dos preços dos serviços, em 0,3%. A retração da taxa dos preços de bens comercializáveis foi menos intensa, de 1,11% em abril para 0,95% em maio, com influência destacada