metodologia de pesquisa - crescimento do mercado sucroalcooleiro
Durante a década de 90, o Brasil ocupou grande espaço no mercado internacional, transformando-se no maior produtor e maior exportador mundial de açúcar de cana. O processamento da cana, como resultado, aumentou de 200 milhões para mais de 300 milhões de toneladas de cana, e com isso o Brasil se tornou o maior produtor de cana, desenvolvendo a tecnologia de produção de açúcar.
Desde 2000, estamos num outro grande momento, que pode se transformar definitivamente em um crescimento sustentado do setor, em razão do recente e espetacular interesse mundial pelo álcool.
Apesar de ser o mesmo álcool de tempos atrás, quando o interesse era essencialmente pelo álcool combustível, alternativo à gasolina, hoje, as principais razões são com relação ao novo mercado de automóveis bi-combustível, aos altos preços do petróleo no mercado internacional e, principalmente, aos aspectos ambientais relacionados ao uso do álcool que serão fundamentais com o protocolo de Kyoto. Esse três aspectos serão analisados separadamente a seguir:
Crescimento da demanda por álcool em função dos carros bi-combustível
Com o fim da fase áurea dos carros a álcool no Brasil, início dos anos 90, o álcool anidro (usado na mistura com a gasolina) passou a ganhar espaço, aumentado a participação nas vendas e levando as usinas a fazer investimentos pesados na sua industrialização. No entanto, o cenário parece estar sofrendo uma pequena inversão com a ascensão dos carros flex-fuel.
O mercado de carros flex-fuel - que permite o uso de álcool e gasolina - está conquistando os consumidores do país. Além disso, a vantagem de preços para o álcool hidratado sobre a gasolina também está aumentando a demanda pelo produto no mercado.
O consumo de álcool hidratado teve seu auge durante a década de 80, quando os carros a álcool chegaram a representar mais de 90% da produção das montadoras de automóveis no Brasil. Nesta safra, já começa a recuperação