Metodologia de ensino
A família Bromeliaceae é uma das mais representativas da flora neotropical, abrange cerca de 56 gêneros e 2.600 espécies epífitas ou terrestres (SMITH & TILL 1998). Bromeliaceae possui distribuição neotropical, com exceção de uma única espécie de Pitcairnia que ocorre na África Ocidental, no Brasil ocorrem cerca de 40 gêneros e 1200 espécies (SOUZA & LORENZI, 2008).
A maioria das Bromeliaceae apresenta potencial ornamental, o que vem causando o declínio das populações naturais de algumas espécies (SOUZA & LORENZI, 2008). Estas plantas impressionam por suas formas exóticas, pela gama de cores e variedades de suas flores. Têm grande valor para arranjos em vasos de interior e, também, ocupam sempre lugar de destaque em projetos paisagísticos (MENDONÇA, 2002). Incluem-se entre os gêneros frequentemente cultivados como ornamentais e conhecidos popularmente como bromélias, gravatás ou caraguatás: Aechmea, Alcantarea, Billbergia, Guzmania, Neoregelia, Pitcairnia, Vriesea e muitos outros (SOUZA & LORENZI, 2008).
As Bromeliaceae são comuns em florestas úmidas, principalmente na Mata Atlântica, onde são uma das principais famílias entre as epífitas, com folhas dispostas de forma a acumular água da chuva em verdadeiros “tanques”. Nas florestas de restinga representam um importante componente na paisagem, dominando o estrato herbáceo por vastas extensões e, neste sentido, destaca-se a espécie. Quesnelia arvensis. Também em ambientes mais secos, particularmente nas caatingas e campos rupestres, as Bromeliaceae podem ser muito comuns. Uma das espécies mais curiosas e mais amplamente distribuídas é a barba-de-velho (Tillandsia usneoides), comum em diversos ecossistemas florestais, em nada lembra a maioria das Bromeliaceae, com ramos longos e esbranquiçados, pendentes nas árvores, o que motivou o seu nome popular (SOUZA & LORENZI, 2008).
Em virtude de ser facilmente reconhecida e bastante distinta das demais monocotiledôneas, Bromeliaceae já foi considerada