Metodologia de artes

A CRIANCA, A COTIDIANIDADE E AS AULAS DE ARTE

Desde bom cedo à criança percebe que os seres e as coisas com os quais convive se apresentam com semelhanças ou diferenças, com afetividade ou não, dando-lhe prazer ou desprazer. Com relação ao mundo sensível ela poderá distinguir, dentre outras, as nuances de cores, de materiais, de sons, de melodias, de gestos, de tempos e de espaços. A própria natureza lhe oferece uma infinidade de experiências visuais e sonoras, quantas vezes repetimos nossos gestos e olhares indicando a beleza de uma paisagem. Alem das visualidades e sons naturais existem outras experiências que também afetam as emoções e pensamentos infantis. De modo similar, a criança vai convivendo com o mundo das maquinas, da industrialização, das tecnologias, do mundo eletrônico e das mídias que a aproximam de outras experiências. E tudo isso dentro de sua própria casa ou com a cultura local, onde toca o telefone, gira o botão do radio e surgem sons, aperta o botão da televisão e a tela se enche de imagens. E na cotidianidade que os conceitos sociais e culturais são construídos pela criança, por exemplo, os de gostar e desgostar, de beleza e feiúra, etc. O mundo das cores, dos sons, e do movimento marca sua presença junto às crianças. E no mundo artístico, um processo de comunicação cultural tem se encarregado de efetivar essa difusão de imagens e sons por vários meios: rádio, discos, cartazes, revistas, exposições, concertos, cinema, vídeos, televisão, etc. É evidente que as crianças já vivenciam a arte produzida pelos adultos, presente em seu cotidiano, essa arte exerce vivas influencias estéticas e artísticas na criança. A presença marcante desses elementos culturais em suas conversas, brincadeiras, desenhos, musica, faz-de-conta, seus modos de vestir, de usar objetos, de falar, enfim, de se relacionar com as pessoas. Nos momentos de brincadeiras ou durante os recreios escolares as crianças revivem seus