Metodologia da mudança planeada
A abordagem da mudança planeada realiza-se segundo três fases: diagnóstico da situação da organização que permitirá identificar os tipos de problemas que perturbam a sua eficácia, ação ou intervenção para resolver os problemas detetados, e avaliação dos efeitos da intervenção. Terminada a terceira fase, reinicia-se, frequentemente, um novo ciclo, com uma análise específica dos novos problemas encontrados e novas ações ou intervenções sobre a situação, de modo a viabilizar e manter o processo de mudança.
O diagnóstico pode incidir sobre a totalidade da organização e a sua relação com a envolvente, sobre algumas das suas unidades internas e respetivas interfaces, sobre determinados grupos de colaboradores e relações intergrupais. De entre as áreas da dinâmica organizacional que têm sido objeto de diagnóstico, salientam se o sistema técnico, o sistema social, os aspetos estruturais, os processos organizacionais, e a própria envolvente externa da organização, embora estas áreas estejam interrelacionadas e portanto as mudanças numa delas influenciam as outras.
Para um bom diagnóstico ser realizado efetua-se diversas técnicas de recolha de informação sobre a organização: questionários, entrevistas individuais ou de grupo, observação direta ou participante e análise documental. E o mais importante é que esta seja sistematizada e orientada com base de num modelo teórico sobre a eficácia das organizações onde há que ter em consideração quatro componentes básicos: o trabalho, o pessoal, os dispositivos organizacionais formais e a organização informal. Do ponto de vista diagnóstico, o que é importante não é a mera identificação das características destes quatro componentes mas sim a análise das suas interações e os seus efeitos sobre a eficácia da organização.
O modelo teórico básico considera que a estratégia da organização será tanto mais realizável quanto maior for o seu grau de congruência com os quatro componentes e a relação entre