Metodologia da economia

533 palavras 3 páginas
Em meados do século XIX, a visão indutiva da ciência dominava a teoria do conhecimento. Segundo esta, a partir de observações do mundo real e por meio de indução mais ampla, pode-se passar de uma série de enunciados singulares para um enunciado universal. Ou seja, é possível passarmos de inúmeros exemplos específicos para uma lei universal e, também, pressupor que algum evento ocorrerá no futuro dado que sempre ocorreu no passado. No entanto, há um salto ilógico nesse pensamento, um elemento extra que pode levar premissas verdadeiras a conclusões falsas. Não podemos, por exemplo, generalizar que todos os cisnes são brancos, a partir de diversas observações singulares de cisnes brancos, uma vez que sempre será possível que exista um cisne não branco que, por alguma razão, não tenha sido observado. Este era o famoso problema da indução identificado por David Hume e cuja resolução é proposta por Karl Popper, com o princípio do Falsificacionismo.
Popper começa com critério de demarcação, que divide todo o conhecimento humano em ciência e não ciência. Segundo ele, a ciência se caracteriza pelo seu método de formular e testar proposições, não por apresentar certeza do conhecimento. Como já mencionamos antes, nenhum enunciado universal pode ser logicamente derivado de afirmações singulares, não importa quantas mas, por outro lado, pode-se contradizer logicamente qualquer enunciado universal com apenas um enunciado singular. Em outras palavras, não há lógica de prova mas há lógica de refutação.
Para Popper, dessa forma, a sustentação de uma teoria é sempre provisória. E, além disso, uma teoria será mais válida quanto mais falseável for, ou seja, quanto mais possibilidades de ser falseada existirem e, mesmo assim, ela continuar respondendo aos problemas científicos.
Assim, é necessário que o enunciado possa ser testado empiricamente, mas não pela sua verificabilidade e sim pela sua falseabilidade.
Por fim, Karl Popper revolucionou a questão do método

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