Metodo das Ciencias humanas
Apesar das discussões da natureza humana terem sido constantes nas reflexões dos filósofos, no século XIX começaram a buscar os próprios métodos para as ciências humanas desligando ela um pouco da filosofia. O problema é que eles não sabiam como explicar essas questões com objetividade...
Não é muito difícil perceber quais seriam as dificuldades diante desse novo objeto das ciências: o ser humano. Investigar uma "coisa" é simples, vamos atrás de sua história, descobrimos sua origem e pronto, porém estudar o ser humano com toda a sua complexa individualidade, liberdade, consciência moral, é muito mais complicado.
O filósofo alemão Wilhelm Dilthey aprofundou o debate sobre a "ciência do espirito" e afirmou que explicamos a natureza, mas compreendemos a vida.
A explicação acontece da seguinte forma: explica-se um fato indicando sua causa. A compreensão depende da interpretação, encontra-se vinculada com a intencionalidade dos atos humanos.
Historicamente pode se visualizar um determinado período em que era considerado “ciência” aquele conhecimento baseado na observação e na experimentação, objetivo e neutro, e que se utilizava de um “método” de investigação (visão positivista da ciência).
Mas este paradigma não respondeu favoravelmente às questões ligadas as ciências humanas, pois desconsiderava a subjetividade e os aspectos históricos e sociais. Surge então um outro paradigma que busca interpretar o mundo, ou seja, o homem, dentro de sua história, de seu contexto sócio-político-econômico. Este paradigma emergente nos anos 70 é interpretativo e considera a subjetividade e o sujeito (o investigador) como produto desse conhecimento.
Assim vemos que as ciências humanas não podem se deixar julgar por “modelos” de cientificidade de outras ciências, pois possuem uma racionalidade e especificidades próprias, relativas ao ser humano.
Elas estudam o homem, suas relações com os outros homens e com o mundo, não se podendo então fazer uma