Meteoritos
A importância do estudo dos meteoritos reside essencialmente no conjunto vasto de informações que eles nos podem fornecer no que respeita aos processos que se passaram na origem do sistema solar e nas fases iniciais da evolução planetária, antes do registro geológico que está disponível sobre a Terra e nos planetas siliciosos. O caráter primitivo, pouco ou nada alterado, dos condritos (são meteoritos rochosos que não foram modificados devido à fusão ou diferenciação do corpo de origem) torna-os nas rochas fundamentais para o estudo do material primordial que formou os planetas e que nestes rapidamente evoluiu para diferentes fases. Registram ainda evidência de alguns processos astrofísicos que ocorreram antes da formação do sistema solar.
Um aspecto importante no estudo dos meteoritos é o fato de eles apresentarem um registro isotópico de distintas fontes astrofísicas que contaminaram a nébula solar, assim como inequívocos grãos de diamante e de carboreto de silício de origem pré-solar. Com base nos diferentes tipos de carbono e de outros tipos de isótopos marcadores, é possível dizer que três tipos são locais e as suas propriedades podem ser explicadas por processos no sistema solar inicial. Os outros são exóticos e a sua origem é revelada pela composição isotópica do carbono ou pelas anomalias de gases raros que carregam, não havendo a mínima dúvida que a sua formação antecedeu os processos que se passaram na nébula solar. Assim, diferentes populações de carbono e os seus marcadores, representados por distintas populações isotópicas de gases raros, mostram que nucleossínteses típicas de estrelas tipo "nova", "gigante vermelha" e "supernova" contaminaram a nuvem que veio a dar origem ao Sol e aos planetas.
Podemos dizer que estes diferentes tipos de carbono são marcas da atividade de distintas fontes estelares, verdadeira poeira das estrelas preservada nos meteoritos.
Graças aos meteoritos do tipo acondritos, que vêm