Metas
Xadrez, Estratégia, Detetive, Logodesafio, War: o que estes jogos têm em comum? São jogos que nos ensinam a pensar como pensar. São jogos que desenvolvem em nós a capacidade de num primeiro momento, identificar situações nas quais não sabemos o que fazer; perceber que "intuitivamente" nosso cérebro utiliza determinadas estratégias que já provaram ser eficazes em outras situações e, finalmente, a capacidade de selecionar conscientemente a estratégia mais apropriada para o dilema ou impasse atual ou de buscar outra estratégia, se nenhuma das estratégias de nosso repertório é adequada ao desafio do momento. Desafio. É precisamente por se apresentarem como um desafio que esses jogos nos fascinam tanto.
A metacognição é, em termos simples, exatamente essa consciência dos processos mentais que empregamos em um processo de aprendizagem, a capacidade de identificar as estratégias que utilizamos para promover uma aprendizagem mais duradoura e que leve a resultados mais eficazes.
Muitos de nós não tivemos a sorte de experimentar um sistema de ensino que promovesse o desenvolvimento da metacognição, de ter professores que nos ajudassem a desenvolver a consciência, a compreensão e o controle dos processos cognitivos, ensinando-nos assim a utilizar e a desenvolver estratégias metacognitivas. Hoje, a LDB e os Parâmetros Curriculares Nacionais (pelo menos em teoria) orientam escolas, universidades e professores sobre as habilidades e competências que os alunos devem desenvolver, indicando projetos e atividades didáticas e para-didáticas diversas que estimulam não só o pensamento crítico, mas principalmente a utilização de estratégias cognitivas e metacognitivas.
Ao público "pré-LDB e Parâmetros" resta o desafio da (re) construção contínua de nossa aprendizagem e, conseqüentemente, a (re) construção de nosso repertório de estratégias cognitivas e metacognitivas. Mas esse público terá que encarar esse desafio sozinho, desamparado?