Metamorfose do sapo
As pernas têm a mesma estrutura das pernas dos répteis (menos as cobras), aves e mamíferos. A estrutura é completa até os cinco dedos nas extremidades dos membros, embora o grande artelho das patas traseiras seja, em geral, atrofiado.
Os pulmões, já encontrados em alguns peixes, substituem as brânquias no final da metamorfose. Mas ainda são um tanto primitivos e, por isso, boa parte da respiração dos anfíbios é feita pela pele.
O cérebro, porém, é muito maior que o dos peixes e os órgãos dos sentidos muito mais desenvolvidos. A língua é uma estrutura que aparece pela primeira vez (embora o sapo do Suriname não a possua). Alguns anfíbios podem produzir ruídos muito fortes. O esqueleto apresenta uma nova estrutura -o atlas ou primeira vértebra - que permite o movimento da cabeça dos anfíbios.
Como os machos ainda não possuem pênis, a fertilização é externa nos anuros. Os ovos e os espermatozóides são ejetados ao mesmo tempo, durante um longo abraço. No caso dos anfíbios caudados, a própria fêmea coloca na cloaca o esperma ejetado pelo macho. Mas nos dois casos há complicados rituais de acasalamento, como a dança do tritão ou o canto da rã. Os machos podem mudar de aspecto durante a estação de acasalamento: desenvolvem cristas, cores mais vivas, ou saliências nos dedos.
As larvas, primeiro fixadas a plantas aquáticas, desenvolvem a capacidade de nadar. À medida que vão crescendo aparecem os membros (nos caudados, primeiro os dianteiros; nos anuros, primeiro os traseiros). No final, a cauda é absorvida nos anfíbios anuros. Em todos os anfíbios, as brânquias são substituídas por