Metafora computacional
1.2.1 - A metáfora computacional
A metáfora computacional parte do princípio de olhar para a inteligência como computação. Esta abordagem ao problema das máquinas pensantes deve-se a Allen Newell e a Herbert Simon (Newell e Simon 1976). Newell e Simon defenderam que os computadores e a mente humana são instâncias de uma família de artefatos denominados Sistemas Físicos de Símbolos (SFS). Na base dos SFS, estão estruturas simbólicas que não são mais do que representações de conhecimento.
Os SFS têm a capacidade de processar essas representações, produzindo ao longo do tempo novas estruturas simbólicas. Com base nisto, definiram a chamada hipótese dos sistemas físicos de símbolos.
Os SFS têm os meios necessários e suficientes para a ação inteligente geral. A inteligência é então o resultado da atuação dos processos sobre as estruturas simbólicas. Assim, temos que:
Inteligência = Processos + Estruturas Simbólicas
Os processos podem ser de criação, modificação, cópia ou destruição de símbolos que são usados para compor as estruturas simbólicas.
Ainda segundo estes investigadores, o fato de o Homem ter um comportamento complexo ao longo do tempo quando comparado com as máquinas não invalida esta tese, pois, segundo os seus autores, a complexidade resulta em grande medida do ambiente em que o Homem tem de viver e adaptar-se para sobreviver.
Um SFS vive e interage num mundo determinado. Tem mecanismos de percepção e de atuação, para além obviamente de mecanismos cognitivos. O SFS recebe do mundo um conjunto de percepções que são filtradas e organizadas internamente como estruturas simbólicas.
Em função dos seus objetivos, fixados interna ou externamente, o SFS processa essas representações e determina que ação que deve realizar tendo em vista a satisfação desses objetivos. A abordagem computacional realiza-se geralmente através de programas que atuam sobre representações do mundo. Existe uma correspondência direta entre os